Jaid Black – O Criador

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Essa carne era o que ele queria. E muito, mas muito mais também. Ele queria coisas tão doentias e aterradoras dela, que preferia não pensar.

–me responda – disse ele entre dentes – ou te deixarei aqui outra noite.

À manhã seguinte ela estaria morta. Escapar seria pouco factível. Sentia o corpo tão condenadamente débil…

– Sim – suspirou ela. Fechou os olhos com mais força, sentia-se doente. –Acabo de aceitar ser a puta do diabo.

Sua risada depravada ressonou por toda a caverna subterrânea e retumbou contra as impenetráveis gradeia da jaula.

–Será muito menos que uma puta – murmurrou ele – Uma puta, ao menos, pode ganhá-la vida assim.

Ela queria vomitar: pôde sentir que a bílis se agitava em seu ventre.

– me olhe! – gritou ele com ira na voz. – Olhará-me!

Oh, não; por favor, não.

Ela flexionou os joelhos até que ficassem impossivelmente perto de seus seios. Não queria olhá-lo. Preferia fazer qualquer outra coisa. Amado Deus, o que seja salvo…

– me olhe! – bramou ele.

E, logo, entrou na jaula, e a levantou do chão bruscamente com suas horrorosas garras, obrigando-a a ficar de pé. Ela queria lutar contra ele, mas logo que podia falar ou permanecer de pé, muito menos poderia enfrentá-lo.

– me olhe! – exigiu ele, enquanto a sacudia. – Abra os olhos!

Não! Não! Não! OH Deus, por favor, não me obrigue a olhá-lo!

Nunca havia sentido tanto temor na vida. O coração lhe pulsava como uma rocha dentro do peito e sua esporádica respiração se voltavam mais forçada segundo a segundo. Tinha medo de ver seu aspecto porque conhecia esse tipo de criaturas. Horrendas. Estranhas. Monstruosas.

– Exijo que me olhe!

Suas fossas nasais brilharam de desafio quando ela abriu os olhos. Seu olhar se chocou contra uns olhos com pupilas douradas serpenteantes e afinadas.

OH Deus…

– Nãooooo! – gritou ela. – Nãooooo!

Alex ofegou quando se incorporou repentinamente na cama com a respiração pesada. Os lençóis estavam empapados com sua transpiração. Ela percorreu freneticamente o lugar com o olhar à medida que seus olhos se acostumavam ao entorno; e ao feito de que tinha estado dormindo.

– Foi só um sonho – disse ao exalar, com os olhos totalmente abertos. –Só um pesadelo.

Exausta, deixou-se cair na cama, enquanto exalava. Tinha tido pesadelos bizarras três vezes em seis meses, mas esta tinha sido muito mais detalhada que as anteriores.Quase consegue saber como se via isso.

– O que importa? – murmurrou às quatro paredes do lugar. Suspirou e fechou os olhos – Foi só um sonho…

Encontrado na Internet

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